Curtas e boas...

Que a Joana fala que se farta, já não é novidade para ninguém...
Já nem me dou ao trabalho de ir actualizando o vocabulário, porque ela diz mesmo tudo! Inclusivé já começa a construir frases.
Mas para além de falar, agora anda numa fase, como eu que lhe hei-de chamar? ... Autoritária e respondona!!!

Então, sempre que as coisas não correm à sua maneira, é do género:

"Óia" (olha)... espeta o dedo indicador na minha direcção, prega-me um sermão "daqueles" e no final ainda me ameaça dar tau-tau!
Mesmo que não esteja chateada, emprega o "óia" com muita frequência, principalmente quando quer captar a minha atenção!

Ontem estava ela praticamente dentro do caixote do lixo, à procura dos "nininhos" (danoninhos) ou melhor, das embalagens vazias dos danoninhos. Eu já a entrar em parafuso, digo-lhe:
"- Joana, sai já daí senão eu vou-me chatear!"
Ela cruza os braços, faz um beiço até aos joelhos e responde:
"Pôxas pá, ai o quéco!" (possas pá, ai o caneco)
Ok, eu admito!!! Esta aprendeu comigo, pois costumo dizer isso quando me chateio com ela!

É muito raro a Joana portar-se mal, mas quando ela embirra que quer qualquer coisa que eu não lhe posso dar, fico possessa quando a oiço lamuriar e tenho o hábito de lhe dizer:
"- Joana, assim deixas-me nervosa!"
Ela olha para mim, percebe que não estou para brincadeiras e acaba por desistir...

Ontem estava ela a tentar pegar nuns frascos de vidro, que sabe perfeitamente que não pode mexer! Eu lanço-me a ela e digo:
"- Joana..."
Ela olha para mim de lado e interrompe:
"- tou vója" (estou nervosa)

Alguém me sabe dizer qual a melhor atitude a tomar em caso de repetição destas respostas "maravilhosas" ? É que eu só consigo mesmo rir e agarrar-me a ela aos beijos...