8/31/2007

E hoje...

Entro de férias novamente! Eu, porque a Joana segunda feira já vai para a escolinha...
Estas férias, servem exactamente para a acompanhar nesta nova etapa tão importante!

Estou nervosa, muito nervosa mas confiante que a adaptação vai ser rápida! A ver vamos... uma coisa é lá irmos juntas, outra coisa é eu vir-me embora e deixá-la lá! Só de pensar em mais choros, separações, bracinhos esticados para mim, fico com um nó cá dentro!

Tenho medo que a creche não lhe faça bem! A Joana dorme bem, come bem, fala pelos cotovelos, está bem desenvolvida, é muito meiguinha, muito simpática e receio que ela deixe de ser assim!!!!
Depois, continuo com a Dª O. nos meus pensamentos... o quanto elas se gostam, o quanto ela contribuiu para a Joana ser como é! Sei que 2ª feira ela estará à nossa espera, à hora habitual e nós não vamos aparecer! Infelizmente...

Sei que a porta está aberta, que a qualquer momento ela recebe novamete a Joana... seria tão mais fácil levá-la para lá e pronto!!!! O meu coração estaria tão descansado, tão sereno!

De tanto querer o bem da minha filha, tremo só de pensar que posso falhar em coisas tão importantes! De me enganar, de lhe provocar sofrimento, privação... de lhe causar lágrimas! Tenho a obrigação de tomar as decisões acertadas, sou mãe dela! Não posso falhar e estou sempre a ser colocada à prova. Depois há sempre a questão de decidir tudo sozinha, passar por tudo sozinha. Se errar, a culpada sou eu! Só eu!!!

Falei com uma educadora (que não é a da Joana), que não aconselhou nada deixá-la lá aos poucos! É deixar e vir embora... Sim, sim, claro! Vieram-me logo as lágrimas aos olhos! Como é que eu vou "abandonar" a minha filha num sítio estranho, cheio de gente que ela não conhece de lado nenhum, assim de repente? Mas claro que se eu quiser deixá-la aos poucos, poderei fazê-lo se bem que não é nada aconselhável e pelos vistos será até prejudicial... para ela, para mim e para as educadoras!

Acho que vou acampar para a porta do estabelecimento e assim que ouvir a minha filha chorar, entro por lá a dentro e venho-me embora com ela!

E a Cuca?!?!?!? Será que ela vai continuar a chuchar na fralda? Faz-me uma confusão estar no meio de tantos meninos... e o bebé dela? Se lho tiram, ela fica logo aflita, vai chorar tanto! E se os outro meninos lhe batem? Ela não se sabe defender... O que irá ela pensar de mim quando a deixar lá?
Estou numa angústia! Sabia que este dia iria chegar e já está tão próximo.

Deixar a minha bebé com estranhos! É assim que neste momento estou a ver as coisas, se bem que, espero rapidamente que esses "estranhos" se tornem tão importantes para ela, quanto a Dª O. foi.


Hoje é daqueles dias em que me apetecia pegar nela e metê-la na minha barriga outra vez! Preciso chorar, nem que seja só um bocadinho...

8/30/2007

Nós...




É já amanhã que "resgato" a Joana! Finalmente!!!! Estou ansiosa...

Tenho que confessar que passam por mim dúvidas "tolinhas" do tipo: "Será que ainda se lembra de mim?" "Será que ainda gosta de mim?" "Será que não vai pensar que a abandonei?". Eu sei que são dúvidas mesmo palerminhas, mas que passam na minha cabeça, lá isso passam!!!

8/28/2007

Estar sem ti é:

- Andar com a tua última Cuca onde chuchaste na minha mala e à noite dormir com ela, como se fosse a coisa mais natural do mundo;

- Ter imensas coisas para fazer e tempo para as fazer, mas não fazer nada porque faltas tu para me tentar impedir de fazer as tais coisas;

- Não fazer jantar, porque não tem piada nenhuma jantar sozinha;

- Chegar a casa e ficar com a sensação que me enganei na porta;

- Ficar à espera que ligues a televisão;

- Ir a sair de casa só com a minha mala e andar à procura do resto da "tralha";

- Não ter quem me acenda a luz do prédio;

- Andar sempre com a sensação que me falta "qualquer coisa";

- Ir ao teu quarto de 5 em 5 minutos, ver se lá estás, assim só por acaso;

- Não saber o que fazer com "tantos" braços e mãos disponíveis;

- Não ter quem me dê beijinhos de bom dia e de boa noite;

- Não ter quem me guarde as pinturas no estojo;

- Não ter quem me ponha a roupa no cesto, para lavar;

- Andar a cheirar as tuas coisas;

- Entrar no carro e só ter um cinto para colocar;

- Não ter quem me diga: "Ambo-te" (amo-te);

8/27/2007

Fim-de-semana!

E quem é que na sexta-feira foi buscar a mamã ao trabalho, quem foi?
E quem foi que passou o fim-de-semana inteirinho com a mamã, quem foi?

O tempo passou a correr, hoje já foi outra vez para o pai...

Conversas dela:
A propósito da trovoada de sábado...

Estávamos nós duas na minha cama, no miminho, ela ouve um trovão:
- Óia mãe, um vião lá em fima! (olha mãe, um avião lá em cima)
Eu começo a rir, mas decido concordar com ela.
- Pois é amor, é um avião!
Entretanto ouve-se um trovão mais intenso:
- Óia mãe, ôto vião! Ête é gande! (outro avião, este é grande)

Já na cozinha, ouve-se outro trovão:
- Óia mãe, um báco (um barco)
Entretanto acabaram-se os trovões... que pena!



Ontem para o jantar, optei por fazer uma coisa light à base de legumes com massa.

Ela vira-se:
- Hum é bom! É biquiáu (bacalhau).

8/22/2007

Custa-me tanto...

... estar sem ti!!!

Os dias parecem nunca mais acabar, chego a casa não tenho nada para fazer, não me apetece fazer nada! Reina o silêncio, faltas tu para lhe dar vida. Está tudo tão vazio, tão morto, não se ouve nada... à noite, a tua caminha está vazia, não ouço o teu respirar, não te ouço chuchar na Cuca! O teu quartinho perdeu a cor... os teus brinquedos ali estão, à tua espera!

Custa-me tanto ver-te chorar agarrada ao meu pescoço quando sabes que nos vamos separar! Custa-me tanto pedires para ficar comigo e eu não te fazer a vontade, ouvir-te gritar de aflição para eu não te deixar, não estares debaixo da minha asa, não te poder proteger...

Amo-te tanto, meu amor. A última Cuca onde chuchaste vai sempre comigo para todo o lado, não me separo dela! A fraldinha tem o teu cheiro e é a forma de me sentir mais próxima de ti!

Sinto tanto a tua falta, a tua presença, os teus miminhos, os teus beijinhos, as tuas mãozinhas sempre agrarradas a mim... a forma como me olhas. Tenho tanto medo de te perder, filha! Tenho tanto medo que algo de mal te aconteça. Não consigo sossegar quando estás longe de mim.

Sinto uma dor tão forte cá dentro, preciso tanto de ti... de te sentir bem!
Sem ti, não sou nada.


8/20/2007

De volta...

E como o que é bom acaba depressa, cá estou eu!
Estivemos de férias, muita praia, muita piscina, muito parque, o 2º aniversário, muitos passeios, muito miminho, muitas sestas juntinhas! Tão bom...

Ainda não me mentalizei que acabaram os dias inteirinhos com a Joana!
Agora estou sozinha, ela foi passar férias com o pai...

Vou morrer de saudades!!!!